"Alguns infinitos são maiores que outros."

Não sei exatamente por qual motivo eu deixo de lado tantos livros bons e vou me aventurando em outros. Realmente eu não sei. Desde seu lançamento – meados de julho (?) – eu fiquei louco pra ler esse livro. No entanto, fui deixando o tempo passar e acabei entrando em outras leituras. Mal sabia eu que A Culpa é das Estrelas se tornaria um dos meus livros prediletos. Exagero? Não. O que você vai ler a seguir não é uma resenha propriamente dita. Na verdade, é um desabafo.

A Culpa é das Estrelas é um livro extremamente melancólico, entretanto, muito apaixonante. Desde as primeiras linhas, é possível notar isso. Tem algo na forma de escrita de John Green, o autor, que vai possibilitando certa fluidez durante toda a narrativa. Sabe aquele tipo de livro que você, apesar de todas as expectativas e coisas boas faladas sobre ele, não dá muito valor e acha que é apenas um exagero coletivo? Pois bem. Ele se encaixaria perfeitamente aqui.

A história de Hazel Grace é doce, divertida e, durante todo o tempo, muito triste. Ela é um tipo de personagem protagonista que faz o leitor se apaixonar por seus medos, defeitos e qualidades num piscar de olhos. Convenhamos: como não se apaixonar por Hazel Grace? 

É possível você amar e odiar um livro ao menos tempo? Claro que é. Afinal, eu acompanhei os passos de Hazel, Gus e Isaac por horas a fio e não me arrependo nem um pouco. Porém, as circunstâncias que estão nas entrelinhas quase me fez jogar tudo pra cima e embarcar em qualquer outra leitura. Por que a vida tem que ser tão filha da put* com personagens tão lindos? Por que eles precisam passar por tantas coisas? Não aceito. Não compreendo e não quero compreender.  

Quando você gosta muito de um livro, tipo: muito mesmo, é inevitável você não entrar na história e virar amigos dos personagens. Parece até meio banal tudo isso, mas  aposto que as pessoas que já leram vão me entender. No livro, Hazel sempre reclama do autor de seu livro predileto, pois o cara simplesmente fechou a história sem responder as mais simples questões, como por exemplo, com quem ficaria o hamster da protagonista depois que ela morresse. Ei, Hazel! Eu te entendo perfeitamente. John Green acabou fazendo isso comigo.  Why? Why? Why?

Fiquei apaixonado por esse livro. Ontem minha tarde foi triste e, ao mesmo tempo, muito alegre. (Estranho né?) A Culpa é das Estrelas foi um livro que me fez chorar muito. Tipo, soluçar silenciosamente, pois não queria que ninguém me escutasse. A cada página era uma despedida e eu queria fazer aquilo sozinho. Ou melhor, apenas eu e eles.  

Eu bem que deveria ter dado valor às palavras de Markus Zusak:“Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais.” E como eu quero viu? E como eu quero. 

Por fim,
Obrigado John Green. 

6 comentários:

  1. AI, Igor, que desabafo mais sincero e tocante!
    Eu sou doida pra ler esse livro, mas quero esperar meu estágio acabar, estou em um hospital do câncer e não vai ser muito fácil fazer a leitura agora.
    Enfim, entendo esse sentimento de amar e odiar um livro pela forma de como nos faz sentir!
    Beijão!

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  2. Eu nunca li esse livro, e não boto muita fé. Eu sou meio que o contrário da maioria. Quem sabe algum dia eu o leia e vejo o que penso. Hahaha
    maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

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  3. Igor eu te entendo perfeitamente. Eu senti as mesmas coisas que voce sentiu. Aquele gosto de quero mais ainda esta na minha lingua...
    O John Green toca nos sentimentos mais profundos que existe.

    Beijos e abraços
    Lary

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  4. Oi, Igor. Achei excelente sua opinião sobre A culpa é das estrelas. Diferente de você, não adiei a leitura e fiquei encantada com cada um dos personagens. Hazel é uma excelente protagonista. Mas não há como não ficar encantado com o Gus, ele é o melhor! Ele é o infinito. Senti muito por perder estes personagens e fiquei com eles durante muitas horas em meus pensamentos. Um livro tocante.

    www.amorporclassico.com

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  5. Tô muito afim de ler esse livro. Só falta a grana pra comprar rs!

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  6. A Culpa é do John Green.

    O livro trata de um tema delicado:o câncer, de forma suave,doce, divertida e até mesmo engraçada. Hazel atualmente tem 16 anos, mas desde os 13 tem um câncer no pulmão e nessa condição ela precisa andar sempre com um tanque de oxigênio,por onde vai.Apesar de achar que sua filha está enfrentando essa situação numa boa e tentando levar uma vida normal,porque até faculdade Hazel frequenta,está preocupada com afilha achando que ela esta com depressão,então decide que a filha vai participar de um grupo de apoio.
    Hazel não está aceitando muito bem essa ideia,até que conhece Augustus,um garoto que já teve a doença.John Green nesse livro consegue tratar de um assunto tão triste e delicado, e nesse caso de uma adolescente que está começando a viver.

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