Título: Para SempreAutora: Kim e Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito
Páginas: 144
A vida que Kim e Krickitt Carpenter conheciam mudou completamente no dia 24 de novembro de 1993, dois meses após o seu casamento, quando a traseira do seu carro foi atingida por uma caminhonete que transitava em alta velocidade. Um ferimento sério na cabeça deixou Krickitt em coma por várias semanas. Quando finalmente despertou, parte da sua memória estava comprometida e ela não conseguia se lembrar de seu marido. Ela não fazia a menor ideia de quem ele era. Essencialmente, a "Krickitt" com quem Kim havia se casado morreu no acidente, e naquele momento ele precisava reconquistar a mulher que amava.
Sabe aquele tipo de livro que você vê e de cara você pensa que vai se emocionar? Pois bem, Para Sempre tem a capacidade de fazer isso com quem o vê. Ao contrário de vários romances por aí, o livro não é baseado em algum drama de casal ou algo do gênero, muito pelo contrário, a história é totalmente verídica e escrita por quem vivenciou tudo. Isso com certeza é ótimo para um romance, porém não é tão bem aceito quando o próprio autor comete alguns deslizes capazes de mudar o foco da obra.
Para Sempre, narra a história do casal Kim e Krickitt Carpenter que vivenciaram os mais variados tipos de sentimentos, desde o amor incondicional ao esquecimento de uma relação. Tudo começa quando Kin, que era treinador de um time de beisebol, e Krickitt, uma funcionária do setor de vendas de uma empresa, se conhecem e passam a trocar ligações, mensagens e cartas. Tudo isso motiva para uma rápida relação conjugal entre os dois, e assim eles se veem perdidamente apaixonados um pelo outro.
Logo os dois se casam e apenas dois meses após a festa um acidente abala com a estrutura dos dois. Nesse acidente Krickitt acaba sofrendo vários danos na cabeça e, dessa forma, esquece-se de suas lembranças. Entre elas está o seu companheiro, Kim, e várias outras. Kim então começa a lutar contra o esquecimento de sua mulher e tenta com que ela aos poucos retome o que perdeu. Porém nada é fácil e para o azar do casal o acidente fora mais sério do que eles imaginaram.
Nesse ponto do livro Kim, o autor e protagonista da história, nos conta o quão complicado se tornou a convivência dentro de um hospital, como a ajuda dos amigos e familiares foi importante durante o tratamento. Com isso é apresentado ao leitor o verdadeiro significado da palavra fé, mensagens sobre superação e como a insistência em algo pode mudar os rumos das coisas.
" - A vida não é justa; é apenas a vida - disse ela, de maneira suave e confiante. - Todos têm momentos em que sentem como se estivessem à deriva, abandonados mesmo... Mas não é verdade. Não para quem tem fé. " Página 20
Sem dúvidas Para Sempre tem um enredo forte, mas, em minha opinião, a forma como ele foi abordado pelo autor não me convenceu muito. Em certos pontos da narrativa achei um pouco tudo muito forçado com situações mais forçadas ainda. Também notei o quão rápido tudo foi sendo explicado e com essa rapidez surgiu bastante superficialidade. Mais uma vez digo que o livro tinha tudo para ser me emocionar, mas eu realmente achei que o protagonista foi bastante calmo em certas situações que se fosse qualquer outra pessoa estaria mais do que desesperado.
O final do livro não me agradou nenhum um pouco, pois achei a parte mais forçada e superficial. Acho que era o momento principal para o autor dar um jeito em todas as falhas que foram apresentadas durante a trama, mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu. O que ficou bem claro, numa visão mais critica, foi como a autopromoção estava mais em foco. Senti falta do amor, da luta e da superação. Esperava bem mais da obra, uma vez que, o cenário, personagens e cenas são reais e assim tudo conspirava para a construção de algo belíssimo e emocionante para ser lido.
Desculpem se foquei muito na parte negativa da história, mas foi o que realmente me chamou atenção enquanto fazia a leitura. Em nenhum momento quis dizer que a história do casal não tenha sido um verdadeiro exemplo de perseverança e força, muito pelo contrário, pois se os erros que eu achei existir não estivessem lá, provavelmente o livro ganharia o meu “gosto literário”.
