Resenha: Laços de Sangue - Richelle Mead

Título: Laços de Sangue
Autor: Richelle Mead
Editora: Seguinte
Páginas: 440
Sinopse: Sydney estava encrencada. Em sua última missão, ela tinha ajudado a dampira Rose Hathaway a escapar da prisão, e essa aliança foi considerada uma traição grave, já que vampiros e dampiros são criaturas terríveis e antinaturais, ameaças àqueles que os alquimistas devem proteger - os humanos. Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável - ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder.
Sinopse retirada do Skoob

Começar a falar um pouco sobre Laços de Sangue, primeiro volume da série Bloodlines, sem antes falar da minha relação com a Richelle Mead seria algo sem lógica, pois nunca vou esquecer-me do quanto tinha vontade de ler algo da autora. Tudo começou anos atrás quando a série Academia de Vampiros foi lançada por aqui. Todos os blogueiros comentavam sobre os livros, sobre a história, os personagens, a trama, mas eu, como leitor p-o-b-r-e-l-a-s-c-a-d-o, nunca pude compra-los. Apenas no começo desse ano realizei o meu desejo e consegui, de uma tacada só, ler todos os volumes de VA. Devo confessar que fiquei órfão com o fim da série, pois a escrita de Richelle é maravilhosa e extremamente empolgante. Há quem diga que as suas histórias comecem um tanto quanto lentas (o que não deixa de ser verdade), porém com o passar das páginas o negócio começa realmente a pegar fogo. 

Em Laços de Sangue, para a alegria desse blogueiro que vos escreve, o foco da trama ainda tem relação com a série anterior. Agora, o leitor acompanha Sydney, uma alquimista que ajudara Rose (personagem de Academia de Vampiros) a sair da prisão. Por causa dessa ajuda, Sydney acaba ficando mal vista entre os alquimistas e, ainda sim, tem que participar de uma tarefa bem complicada e importante: esconder a princesa Jill Dragomir dos rebeldes que a querem fora do poder. Isso acontece devido à lei dos vampiros que diz que caso Lissa não possua um parente com vida para representa-la, a princesa teria que abdicar o trono, fato que causaria uma guerra civil entre os vampiros e, para piorar as coisas, com os humanos.

O que escrevi acima é apenas um aperitivo dessa maravilhosa história que não fica nenhum pouco atrás da anterior. Richelle consegue explorar seus vampiros muito bem e arriscaria dizer que de uma forma bem especial já que todas as características são mantidas na narrativa. Comecei o livro estranhando o fato de uma nova protagonista aparecer, pois Rose Hathaway, com seu jeito forte e consistente de ser, sempre me convenceu acerca de seus pensamentos e sentimentos. Para minha surpresa, Sydney, apesar de ser completamente diferente de Rose, conseguiu chamar e prender a minha atenção. 

A narrativa consistente só colaborou para a agilidade da leitura. Em vários momentos, confesso, tive que deixar o livro de lado para que não pudesse acaba-lo tão facilmente. Poucos os autores me prendem com histórias sobrenaturais, ainda mais quando vampiros estão presentes.

A obra é uma daqueles que possuem todos os elementos necessários para que haja uma boa relação entre autor, trama e leitor. Ação é o que não falta. Sangue também não. E evidentemente que o romance também não poderia ficar de fora. Esses aspectos tão presentes e notáveis na narrativa acaba diferenciando o trabalho da autora. Além disso, todas as ligações entre as ações, falas e pensamentos dos personagens foram elaboradas de forma satisfatória e muito condizente com toda a situação presente na intriga geral do texto. 

Finalizo essa resenha com muita empolgação, pois a vontade de ler o segundo livro é muito grande. Todas as minhas expectativas, que não eram poucas, foram superadas e por isso recomendo muito essa trama. Entretanto, acho legal que o leitor faça a leitura da série Vampire Academy antes, independentemente de Laços de Sangue ser um livro completamente entendível sem essa leitura prévia, pois alguns termos e personagens presentes nesse livro fazem parte da série anterior. Entendam-me, coisa de fã.

Resenha: Fumaça e Espelhos - Neil Gaiman

Título: Fumaça e Espelhos
Autor: Neil Gaiman
Editora: Lettera
Páginas: 228
Sinopse: Dos 31 contos (e poesias) que compõem Fumaça e espelhos, são poucos os que não surpreendem de cara pelas idéias. E os que não chamam atenção nas primeiras linhas geram várias surpresas posteriores, pois você nunca sabe se aquele jovem pacato é um lobisomem ou se o heróico narrador do conto é o assassino. Ou mesmo o assassinado. Fumaça e espelhos é uma coletânea de textos que Neil Gaiman escreveu nas décadas de 80 e 90. Na categoria de escritor ficcionista profissional, ele teve contos encomendados e publicados por diversas revistas e coletâneas, o que logo se nota pela diversidade de temas.
Sinopse retirada do Skoob

Escrever sobre as obras de um dos meus autores prediletos é sempre muito difícil. Afinal, a expectativa sempre tende a aumentar e às vezes isso atrapalha muito no desenrolar da leitura. No entanto, com Neil Gaiman eu fico despreocupado. Sim! Não tem pra onde correr. O cara é sensacional e mais uma vez me provou que ele ainda pode me surpreender muito.

Fumaças e Espelhos é um livro de contos. Geralmente não costumo gostar desse tipo de estrutura em obras, pois acabo encontrando muito altos e baixos ao decorrer da leitura. Porém, com a sua maneira espetacular de descrever cenas, personagens, sentimentos e ações, Neil ganhou meu coração logo no prefácio do livro.

“Cada um destes contos é uma reflexão sobre algo, que não é mais sólido que um sopro de fumaça. São mensagens do país dos espelhos e imagens em nuvens que mudam de forma: fumaça e espelhos, é tudo o que eles são. Mas eu gostei de escrevê-los e eles, por sua vez – gosto de imaginar -, apreciam ser lidos”.  Página 37

Com trinta e um contos, a obra vai ganhado traços bem peculiares enquanto é desenvolvida. Com a narrativa cômica e sem abandonar o lado sombrio das coisas, o autor brinca com a opinião do leitor e com a tenuidade entre o real e o imaginário. Além disso, a quantidade de personagens presentes nos contos é de assustar. Entretanto, por se tratar de Neil Gaiman, só tenho uma coisa para falar: pode ficar despreocupado.

Confesso que fiquei  encantado com a forma que o romancista desenvolveu cada conto. A quantidade de passagens que se alinham com o nosso cotidiano é tão genial que por vários momentos parei e fiquei pensando no que ele estava querendo dizer. Ler Neil é uma viagem transcendente, uma aventura pelo mundo das ideias, da paranoia e do mistério. É algo que dá um prazer imenso e uma vontade louca de ler tudo o que esse homem escreve, até mesmo suas listas de supermercado.   

1 ano do blog Um Leitor a mais

No dia 10 de Outubro o Um Leitor a mais completa 1 ano de vida, e é claro que a gente não poderia deixar de comemorar com Léo, não é mesmo? É por isso que blog se reuniu com mais alguns amigos e montou uma super promoção para presentear você! Serão 4 KITS com livros para todos os gostos e 4 ganhadores. Escolha em quais KIT's deseja participar e boa sorte \o/.



E como faz para participar?

Basta você seguir as regras que estão no Widget do Rafflecopter, abaixo. As primeiras tarefas são obrigatórias, as seguintes são opcionais e servem para acumular pontos e aumentar suas chances. Você pode tuitar uma vez por dia e colocar o link do tweet na opção do Widget.


1.

A outra Vida | Lendo & Comentando
O Diário de Carson Phillips | Editora Benvirá
Sombras Radiantes (Livro 3) | Burn Book
Todo Dia | Vida de Leitor 
Um Porto Seguro | Minha Sala Precisa
Inferno | Editora Arqueiro 
Tipo Destino | Tudo por um livro


2. 

A Escolha | Poderosas & Girlies
Cidades de Papel | O Devorador de Livros
Percy Jackson e os Olimpianos - Ladrão de Raios (Livro 1) | OH MY DOG
Claro que te amo! | Estante Vertical
Pretty Girl-13 | Editora Benvirá
Uma Prova de Amor | Amigo do Livro
Tony & Susan | Este Já Li


3. 

As Violetas de Março | Livros & Fuxicos
As Sete Maravilhas - A Ascensão do Colosso (Livro 1) | Grupo Editorial Record - Verus
Century - A Estrela de Pedra (Livro 1) | Perdido em Palavras
Liberta-me (Livro 2) | No Universo da Literatura 
Noites de Tormenta | Jantando Livros
Marcadores Valentina | Editora Valentina



4.

A Maldição da Pedra | Ourives das Palavras
A Sombra do Gavião - Wereworld (Livro 3) | Editora Benvirá
Tudo o que ela sempre quis | Diário de bordo de um leitor
Um Lugar para ficar | Inspirados
Quantic Love | Murmúrios Pessoais 
Sete dias sem fim |  Editora Arqueiro 
Entre o Agora e o Nunca | Carneirismo, uma dose


Participante, fique atento às informações abaixo:

  • Período de duração: 10.10.2013 à 01.11.2013;
  • O vencedor terá 72 horas para responder o e-mail após a divulgação do resultado;
  • O envio dos prêmios será realizado pelos Blogs e Editoras em até 30 dias;
  • Serão 4 ganhadores, 1 por formulário;
  • O blogs não se responsabilizam por danos ou extravios causados pelos Correios;
  • Os livros podem chegar em datas alternadas, pois serão enviados por diferentes Blogueiros e editoras;
  • É de extrema importância que os participantes cumpram todas as regras e as respeitem de forma clara e objetiva;
  • O resultado da promoção não tem data definida, mas tentaremos divulgar o mais rápido possível.

Boa sorte!


Para o Leo, só tenho uma coisa pra dizer:  <3  Parabéns, meu amigo! Parabéns pela pessoa que tu é, pelo blog, por tudo! Parabéns. 

Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios

Título: Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios.
Autor: Pedro de Camargo
Editora: Novo Conceito
Páginas: 192
Sinopse: Entenda o comportamento do consumidor e aprenda a comprar com consciência! Este é um livro divertido. O tipo de livro que a gente tem que ler nem que seja só para continuar uma conversa quando aqueles terríveis momentos de silêncio se instalam entre os interlocutores. Mas, além disso, este é um livro sério, muito sério.A proposta sensacional de Pedro de Camargo é demonstrar, da forma mais simples possível, como nosso comportamento de consumo está diretamente ligado aos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. 
Sinopse retirada do Skoob

Entender quais são os motivos que levam a sociedade a ter esse consumo descontrolado sempre foi algo que despertou minha curiosidade. E tenho quase certeza de que esse foi o grande motivo para que esse livro tenha me interessado logo de cara.  Apesar de ser voltado para o público feminino, “Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios” tem uma discussão bastante interessante sobre esse mundo do consumismo.

Para impactar o leitor, Pedro de Camargo, o autor, desmitifica a ideia de que os seres humanos são completamente racionais. Loucura? Pode até parecer. Porém, quando entramos no universo das compras, das mercadorias que Ao decorrer das páginas, que infelizmente são poucas, vamos descobrindo as estratégias que são usadas para nos convencer, enquanto consumidores, a comprar seja lá o que for. Com uma linguagem extremamente acessível e muito bem explicada, a narrativa tem uma fluidez tão boa que em poucas horas a leitura pode ser facilmente concluída.

Vários pontos do livro chegam a ser engraçados, pois passamos e convivemos diariamente com esse mundo que acabamos não percebendo várias coisas. Um bom exemplo exposto pelo autor é a questão das músicas tocadas dentro dos restaurantes que nos influenciam um bocado na hora de gastar. Vai dizer que você nunca entrou em um restaurante e aquele sonzinho ambiente bem calmo o prendeu mais alguns instantes ali? Sim, sim! A mesma coisa acontece, por exemplo, nas lojas. Essas jogadas desnorteiam nosso cérebro, supostamente racional, e acaba levando-nos as malditas compras.

Eu não conseguiria classificar “Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios” como um livro de autoajuda, pois ele me pareceu um estudo bem detalhado, com uma linguagem mais simples, que despertou mais ainda minha curiosidade a cerca do tema. É aquele típico livro que te faz parar e pensar no quanto as pequenas coisas, os detalhes são esquecidos e deixados de lado. 

Confesso que minha vontade, após o termino da leitura, foi distribuir um exemplar para cada pessoa que conheço visto que me senti tão confortável e, ao mesmo tempo, perplexo que seria uma atitude muito egoísta não recomendar essa fabulosa obra para qualquer pessoa. Inclusive para você que acabou de ler essa resenha! Quer um conselho? Não ache seu cérebro tão racional assim. Afinal, em uma sociedade capitalista como a nossa, muitas vezes quem fala mais alto é simplesmente a sua vontade incontrolável de consumir. 

A Outra Vida - Suzanne Winnacker

Acompanhar distopias tem sido uma das melhores coisas que tenho feito nos últimos meses. Logo depois que fui fisgado pelo enredo de Jogos Vorazes, esse estilo literário se abriu amplamente para mim. Li muitos lançamentos, mas também procurei ler os clássicos distópicos, como por exemplo, Admirável Mundo Novo, lançado em 1932 por Aldous Huxley. Ao me aprofundar tanto no gênero, acredito que o meu senso crítico tenha aumentado um pouco e provavelmente esse tenha sido o principal motivo para que “A Outra Vida”, distopia da autora Suzanne Winnacker, não tenha me agradado tanto.

Na trama, Sherry é uma adolescente que teve sua vida totalmente mudada após uma grande epidemia que assolou a grande Los Angeles. Por causa do vírus, a garota passou a morar com sua família em um abrigo completamente isolado por ordens do governo. Após três anos sem ver o sol, Sherry e seu pai decidem sair do local depois de verem os armários vazios. Para o espanto de ambos, a cidade está vazia, mas cheia de surpresas. E isso não bom, pois a garota descobrirá da pior forma o que aconteceu com os humanos infectados.

A arte da capa desperta instantaneamente a curiosidade do leitor.

É notório o quão interessante o enredo parece ser, certo? E na verdade ele é. Entretanto, as expectativas que depositei na narrativa não foram atendidas. A Outra Vida é uma obra cheia de altos e baixos, mas recheada de tensão do início ao fim. Com uma narração bastante detalhada – o que me irritou em diversos momentos -, a autora pecou pelo excesso. Em várias ocasiões, me incomodei com as palavras ditas por Sherry e com seus pensamentos contraditórios.

Por ser uma distopia mais voltada para o público jovem, o romance faz parte da trama, porém não está em primeiro plano. Os clichês amorosos estão presentes, mas de forma contida e muito bem encaixados. A fluidez é muito boa e faz com que as páginas passem voando. Um dos elementos que mais chamou atenção foi o rico desenvolvimento das cenas de ação que revelam pontos interessantes para o clímax da obra.

A edição brasileira, lançada pela editora Novo Conceito, foi bem elaborada e possui uma ótima revisão ortográfica. Com pouco mais de duzentas e setenta páginas, o livro é uma boa opção de entretenimento para leitores que buscam uma distopia mais leve e sem muito romance. Gostaria de ter me envolvido mais com a narrativa já que esse é o primeiro volume de uma série. Mesmo com todos os problemas, acho praticamente impossível não sentir vontade de ler as continuações já que Suzanne Winnacker fez um desfecho sensacional e muito curioso. 

Oi, meu nome é Igor. Vamos falar de livros?

Dias atrás, acordei e me deu uma vontade de fazer alguma coisa diferente para o canal. Lembrei de umas plaquinhas bem legais que o pessoal apaixonado costuma fazer e meio que adaptei. Fiz um pequeno texto e gravei tudo no celular. Olha só o mais novo trailer do canal:


Eu sei que a qualidade não está das melhores, mas é o que dizem: "O que vale é a intenção", certo? Espero que tenham gostado do vídeo. Fiz de coração.  haha

VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas

Semana passada, foi liberada programação oficial do maior evento literário de Alagoas, a 6º Bienal Internacional do Livro de Alagoas. E evidentemente que fiquei bem feliz, pois cada vez mais essa comemoração literária tem crescido por aqui.

A sexta edição da bienal acontecerá entre os dias 25 de outubro e 3 de novembro, no Centro Cultural e de Exposições da capital alagoana. De acordo com a organização, são esperados aproximadamente 200 mil pessoas no local. Certamente, o evento não é considerado tão grande, entretanto o número é claramente considerável para um dos menores (e mais bonitos, diga-se de passagem) estados do país.


Estou extremamente empolgado, pois além de exaltar a cultura local com autores da terra, a organização colocou autores nacionais de peso na programação.  Um bom exemplo disso é autora infanto-juvenil Paula Pimenta, que participará de mesas e conversas com os leitores.  


Como se pôde notar, a agenda cultural está bem diversificada. Nesse sentido, confesso que vários nomes confirmados me atraem muito (Humberto Gessinger, Tico Santa Cruz, Laura Muller e Milton Gonçalves <33) e mal vejo a hora de pegar os autógrafos. 

Sei que essa não é como a bienal do Rio ou como a de São Paulo, mas sem dúvidas estou muito animado. É sempre bom ver a leitura alcançando novas pessoas por meio desses estímulos. Como leitor, blogueiro, amantes dos livros e, principalmente, alagoano fico extremamente feliz! 
 
Layout desenvolvido e editado por Igor Gouveia