Título: A Ira de Nasi
Autor: Mauro Beting / Alexandre Petillo
Editora: Belas Letras
Páginas: 319
Autor: Mauro Beting / Alexandre Petillo
Editora: Belas Letras
Páginas: 319
Sinopse: Nasi não nasceu para ser santo. Nasceu para ser a voz de um pecado capital. Quando foi fundo ele acabou indo além do permitido e recomendado. E, na volta, trouxe com ele tudo que o dragou – do melhor e do pior. Nas travessias ao céu e nas travessuras abaixo do inferno das drogas químicas e das porcarias das pessoas físicas e jurídicas que experimentou, o ex-vocalista do Ira! se tornou homem com todas as letras. Desde as bem feitas e de boa métrica até as malfaladas e malditas. Você ficará vermelho de raiva e de paixão com a história de um dos roqueiros mais polêmicos do Brasil, com tantas tretas que fizeram da vida de Marcos Valadão, este Wolverine brasileiro contraditório e solitário, coisa de ficção, de horror, de comédia e de drama, mas também de muito amor.
Sinopse retirada do Skoob
Escrito pelos autores Mauro Beting, autor de oito livros sobre futebol e jornalismo esportivo e um apaixonado por rock, e Alexandre Petillo, jornalista especializado na área musical, o livro A Ira de Nasi contra a trajetória do polêmico roqueiro Marcos Valadão, mais conhecido como Nasi.
Nascido em 1962, Nasi é sinônimo de polêmica. Desde de que decidiu entrar no ramo musical, o vocalista da banda Ira! sempre foi determinado e conseguiu - de maneira persistente e determinada - quase tudo o que queria.
Sendo uma biografia, o livro conta por meio de vários detalhes incríveis a vida de Marcos Valadão. Começando ainda quando era apenas mais uma criança nascida em Bela Vista, zona central de São Paulo, os autores contam, usando uma narrativa bem rica e desenvolvida, histórias extremamente interessantes. Desde de pequeno era notável que, de acordo com as próprias palavras dos autores, ele não tinha nascido para ser santo. Na verdade, teria nascido para ser a voz de um pecado capital.
Ao longo das páginas, é apresentado para o leitor vários momentos marcantes da vida dele. Conhecemos sobre as suas relações sentimentais, a relação entre os filhos, sobre a sua polêmica religião, uso das drogas, músicas, amigos e principalmente quando o rock entrou em sua vida por meio de alianças que deram origem ao Ira!, uma das bandas de rock brasileiras de maior sucesso na década de 1980.
"Nasi: Eu
não sonhava com o mundo do rock como meio de vida. Adolescente, queria fazer
oceanografia. [...] Logo depois tive a fase biológicas. Agricultura, pecuária,
gostava de bicho. Fui prestar zootecnia, veterinária e agronomia. [...] Mas a
família não tinha como pagar os estudos. Chorei muito. Agora, imagine se a
gente tivesse condições... Eu teria ido pra lá. O destino é louco pra caramba. Nada
disso teria acontecido." (Caxias do Sul: Belas Letras, 2012, p.31)
Na orelha do livro, encontramos a seguinte frase: "Sou o avesso do avesso do avesso." Essa frase pode muito bem definir a personalidade de Valadão e até mesmo do livro. É com bastante descrição que vamos, aos poucos, entrando na vida do roqueiro e viajando no tempo. Tudo isso, é claro, sem perder o fio da meada. Talvez seja por isso que o livro e a história de Nasi tenha me conquistado tanto.
A Ira de Nasi não é só apenas uma biografia de uma personalidade musical. Ele conta a história do rock brasileiro e com a ajuda de vários, podemos dizer, comentaristas, como por exemplo Richard David Cout, mais conhecido como Ritchie, o livro vai tomando forma. É óbvio que o livro também é sobre o Ira!, seus componentes, as brigas internas, os momentos de glória e os mais difíceis.
A história de Marcos Valadão Rodolfo é extremamente interessante e nostálgica. Para os fãs dele e da música do Ira! é um livro cheio de recordações. Para os desentendidos - assim como eu -, posso dizer que ele trará bastantes surpresas e tenho certeza que no fim da leitura você - mais uma vez da mesma forma que eu - vai correr para o Google e procurar as músicas e os vídeos do cara.
“ Só Deus sabe
como não morri usando drogas, não por overdose, mas pelas tretas em que me meti
para comprá-la.” (Caxias do Sul: Belas Letras, 2012, p.198)