Resenha: A Invenção de Hugo Cabret - Brian Selznick

Título: A Invenção de Hugo Cabret

Autor: Brian Selznick

Editora: Edições SM
Páginas: 533

Sinopse: Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo toma conta dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento da máquinas. A sobrevivência de Hugo depende do anonimato:ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto. Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e uma homem mecânico estão no centro desta intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos  do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.

Sinopse retirada do Skoob

Ambientando em Paris, a história de Hugo Cabret, um jovem órfão que mora em uma estação antiga de trem, é extremamente persuasiva e apaixonante. Ainda pequeno, perdeu sua mãe e ficou somente com seu pai, mas por uma jogada bem triste do destino o pai acabara morrendo em um incêndio enquanto trabalhava numa fábrica. Sem responsáveis, Hugo tem que morar com o tio mais próximo, sujeito que era responsável pela manutenção de todos os relógios da central de trem de Paris. 

O pai de Hugo era um homem apaixonado por mecânica, física, relógios e várias outras quinquilharias. Antes de morrer, ele trouxe um autômato - um homem mecânico - para casa. O menino ficara encantado, pois além de diferente, o autômato deixava-o bobo. Entretanto o único problema era que o boneco estava quebrado. Junto com seu pai, o garoto começou a consertá-lo. Eram horas e horas dedicadas ao conserto, mas assim que o incêndio aconteceu, tudo ficou inacabado. 

Na estação de trem, após alguns dias de treinamento, o menino já era responsável por manter a manutenção dos relógios. Vivendo de pequenos furtos aqui e acolá, Hugo sobrevivia com o pouco que conseguia. Nessas empreitadas ele tentava roubar peças para continuar o conserto do autômato. Além de um caderninho com algumas instruções o autômato era a única coisa deixada por seu pai. 

Apaixonado por brinquedos e principalmente pelas peças que neles continham, ao tentar roubar a loja do Sr. Georges, o menino entra em uma grande enrascada que mudará o rumo de sua história e a história do cinema para sempre. 

Com personagens geniais e alucinadamente bem construídos - Sr. Georges, Isabelle, o inspetor da estação -, Brian Selznick, o autor, consegue com o uso da terceira pessoa escrever uma aventura fantástica. Antes de qualquer outra coisa, o livro é uma homenagem ao cinema. Cada detalhe foi colocado em seu devido lugar e isso deu uma continuidade e praticidade na história.

O mais legal do livro são todas as ilustrações presentes que mostram as cenas descritas pelo autor. Em uma narrativa com 533 páginas você pode até pensar que demorará dois, três ou mais dias para ler. Porém te digo uma coisa: em uma tarde você devora. O livro é lindo, as imagens mais ainda e tudo coopera para uma compreensão rápida. 

A adaptação cinematográfica ganhadora do Oscar não deixa a desejar em nada. Eu adorei o filme e acho que foi muito bem adaptado para as telonas. É claro que indico que a leitura seja realizada primeiro, pois você viajará numa Paris dos anos 30 usando apenas as palavras, as imagens e a sua imaginação. Ótimo livro! Muito mais que indicado. Entrou para os prediletos.